|julho 02, 2006|
mal acostumados

Fazia dezesseis anos que a gente não sabia o que era uma Copa sem o Brasil.

Em 90, eu estava no segundo ano da faculdade. Assistíamos ao jogos, eu e alguns amigos da turma de Cinema, em uma TV que pegava mal pra burro; ver o Brasil jogar era um sacrifício até por isso. Quando fomos eliminados, no único jogo em que merecíamos melhor sorte, saímos pra rua com uma sensação estúpida de vazio. Mas sem muita revolta, porque a participação foi tão patética quanto esperávamos. Não foi trágico como em 82 ou irritante como em 86.

De lá pra cá, sempre fomos até o fim. E nos acostumamos com a idéia, ainda que meio subterrânea, meio despercebida, de que aos trancos e barrancos, felizes ou xingando, a gente chega lá. Pelo menos chega na final.

Aos trancos e barrancos e xingando, chegamos trôpegos às quartas-de-final. E foi muito...

Neste jogo derradeiro, tivemos uns 10 minutos de confiança (no começo) e 5 minutos de garra (no fim). A França teve confiança e garra o tempo todo. E espetáculo, na figura de Zidane!

Quem disse que espetáculo -- 1) não resolve; 2) atrapalha? O maestro (hoje vale chavão) mostrou que dois lençóis no meio-campo podem ser super úteis para quem quer uma vitória...

A seleção brasileira foi, talvez, o maior desperdício de talento da história. Comparável, quem sabe, à Argentina de 2002.


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|felipejb @ 12:18 AM| || |mande para um amigo|
 
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